Qualquer ideia nova, para ser implantada, requer muita tenacidade e perseverança, precisa estar apoiada numa convicção absoluta sobre sua veracidade, porque os obstáculos que aparecem, normalmente, colocam por terra todo o esforço, todo o trabalho, por mais bem intencionado que seja seu autor.
Agora, sendo a ideia verdadeira, ela pode levar anos, até séculos, para ser aceita, mas uma coisa é certa, jamais morrerá; sofrerá quedas, fases de esquecimento e, de tempos em tempos, soerguerá e começará a readquirir adeptos e, automaticamente, inimigos, sendo que estes últimos ajudam mais do que se pode julgar à primeira vista
“falem mal de mim, mas falem de mim” é um provérbio conhecido.
Isso tudo aconteceu desde o dia em que Samuel Hahnemann lançou a homeopatia no mundo médico e continua até nossos dias, com seus seguidores e divulgadores de sua doutrina.
A homeopatia já teve seu período áureo. Passados os tempos, devido ao aparecimento de uma série de coisas novas, embora não melhores, fez-se com que a humanidade, aos poucos, a fosse esquecendo, para agora recomeçar a ser relembrada, naturalmente devido ao “cansaço” das ditas “coisas novas”, pois, realmente, vem-se chegando à conclusão de que não passavam mesmo de “novidade”.
Então, atualmente estamos ouvindo falar outra vez em homeopatia. Surgem novos médicos interessados no seu estudo, e que a ela se dedicam, obviamente aumentando a clientela de interessados em se tratar por esse método.
Estamos, portanto, retornando à fase áurea da homeopatia, esperando que ela dure mais que a anterior, o que pode acontecer, desde que não surja algum “fato mirabolante” que desvie a atenção do nosso caminho e fiquemos embevecidos por algum canto de sereia.
Autor Dr. Mario de Azevedo
Publicado originalmente no jornal Ilha Notícias (anos 1980).
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