Continuando o assunto iniciado no artigo anterior, ao traduzir a obra de um médico inglês, um fato chamou a atenção de Hahnemann: uma substância, a quinina, até então empregada no tratamento da malária, quando introduzida no organismo em doses tóxicas, era capaz de acarretar uma doença em tudo semelhante à mesma infecção, isto é, a malária.
Esse relato do médico inglês estimulou o seu espírito científico e ele iniciou então uma série de experiências, usando como “cobaias”, de início, ele mesmo e, posteriormente, parentes e amigos.
Graças a esse seu espírito de pesquisa, associado à sua vasta cultura e seu sincero desejo de trabalhar para o bem da humanidade, surgiu a homeopatia.
Com o lançamento dos princípios da homeopatia, Samuel Hahnemann passou a enfrentar uma outra batalha, ao mesmo tempo que voltava às suas atividades de médico clínico, agora já tratando seus pacientes de maneira humana e científica. Essa outra batalha foi contra os que tentavam jogar abaixo a sua obra. Aí surgiu um segundo fato que vem firmando cada vez mais a homeopatia: até hoje, todos os que se propuseram honestamente a provar a inveracidade da homeopatia acabaram se tornando homeopatas.
Autor Dr. Mario de Azevedo
Publicado originalmente no jornal Ilha Notícias (anos 1980).
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